quinta-feira, 14 de abril de 2011

Aberto o Debate para criação lei que prevê pensão vitalícia para mestres da Cultura Popular



Ontem, 13 de Abril de 2011, nosso coletivo, esteve no gabinete do então deputado estadual Marcelino Galo. A ideia era levar o documento formulado no I Seminário de Proposição de Políticas Públicas para a Capoeira e, com base neste propor, por intermédio do deputado, a elaboração de um projeto de lei que garanta uma pensão vitalícia para os mestres da cultura popular.
  

Os encaminhamentos que foram definidos na reunião seguem a ordem: 1. Formulação do projeto de lei pela liderança da militância e os interessados; 2. Novo encontro com o deputado para avaliar as estratégias de encaminhamento no legislativo; 3. Consulta popular para definição e fechamento do projeto; 4. Proposição do projeto na assembléia, pelo deputado ou diretamente pela casa civil; 5. Elaboração das estratégias de caráter popular.

Retrato das iniciativas sociais no tema

Tem uma “porrada” de mestres de capoeira morrendo nas piores condições possíveis. Os capoeiras se solidarizam, choram em seus enterros, sentem remorsos, fazem homenagens póstumas, ou alguns menos passivos, organizam rodas e encontros com o objetivo de arrecadar contribuições para a família, ou mesmo para os mestres enquanto vivos, mas já acometidos por problemas de saúde ou o que seja. A realidade é que agora a militância, que mais uma vez não opera em causa própria, como a maioria dos grupos “Capoeira-Capital”, está propondo uma iniciativa pública que possa beneficiar os mestres de capoeira, bem como quaisquer representantes do saber popular. Entende-se que essa iniciativa deve perpassar por duas instâncias sociais, sendo uma delas a representação popular no governo, ou seja a assembléia legislativa. Nesse sentido, faz-se necessário apelar para a associação do projeto de lei a um deputado estadual ou pela casa civil, ou seja, diretamente pelas mãos do governador. Pelos dois caminhos, torna-se fundamental a  atividade da segunda instância, que diz respeito à manifestação popular de caráter expressivo, se utilizando de ferramentas como a elaboração de baixo-assinado, atos públicos, paralisações, propaganda, dentre outras. 


Quando iniciamos, há um tempo, essa militância em defesa do coletivo da capoeira, costumávamos ouvir com muita freqüência determinados depoimentos, especialmente de alguns capoeiras, nos quais os mesmos se negavam a fazer debates e proposições com políticos, acreditando não valer a pena ou porque “política não presta”. Esses mesmos capoeiras não se negam a receber dos políticos que, no geral criticam, verbas para realização de eventos com a corrupta intenção de se beneficiar na redução de custos do evento. É lamentável que esses camaradas não saibam que se negar a militar, "também" por via da política, é o mesmo que aceitar o que está posto,  que está colocado. Nossa militância se fará presente nas ruas, nas rodas e em qualquer espaço que esteja falando e tratando de capoeira. Convidamos os que não estão apenas preocupados com o próprio umbigo a se juntar! Sabemos que o número é pequeno, mas significativo.

O link abaixo mostram outras fontes que divulgaram a reunião: